Deixem-me começar por felicitar a selecção de Itália, justa vencedora do campeonato europeu de futebol, sobretudo o seu treinador, Roberto Mancini, aproveitando para recomendar a Fernando Santos e demais equipa, profunda reflexão sobre estratégia e táctica.
Mas deixemos o futebol, que é o menor dos nossos problemas e concentremo-nos na pandemia. Todo o fim-de-semana pudemos assistir nas TV a um curioso fenómeno: enquanto vários “especialistas” e comentadores elogiavam a testagem à porta dos restaurantes na falta de um certificado de vacinação – explicando a grande vantagem para estes negócios: não terem de encerrar às 15,30h – os gerentes mostravam-se absolutamente ingratos, sobretudo os sem esplanada, alegando que agora, ao fim-de-semana, nem ao almoço têm clientes. Com ajudas destas…
A Dr.ª Graça Freitas, entretanto, numa entrevista à TSF, fez o favor de nos explicar a razão da medida incidir apenas nos fins-de-semana: é que ela, durante a semana come rapidamente no refeitório da DGS ou no próprio gabinete. Mas ao fim-de-semana há mais tempo para confraternizar em grupo, torna-se tudo mais perigoso… Eu, gostaria de acreditar que as medidas que, alegadamente, são tomadas para combater a pandemia, o são depois de devidamente estudadas. Infelizmente, tudo parece indicar que são antes nascidas de palpites e impressões, de gente que, durante a semana, tem gabinetes onde pode almoçar.
Vejam-se, no entanto, os benefícios indiscutíveis destas medidas: incentivam-se os mais jovens à vacinação e sem despesas. Os testes são pagos pelo restaurante, pelo hotel ou pelos clientes. Evitam-se, também, despesas com ajudas e lay-offs. Indemnizações nem pensar. “Eles que paguem a crise”, é a decisão ministerial.