Faça-se jus à “palavra de homem”

Crónica de Opinião
Quarta-feira, 05 Maio 2021
Faça-se jus à “palavra de homem”
  • José Policarpo

 

 

No passado dia 30 de abril o partido comunista realizou uma iniciativa na “quinta do Homem” que visou a chamada de atenção ao governo para o atraso na construção do novo hospital central. Segundo o muitas vezes noticiado a obra teria início nos primeiros dias deste mês de maio. Mas os sinais dados pelo dono da obra, o governo português e pelo empreiteiro, o início da construção, mais uma vez, será adiado.

O partido comunista, verdade seja dita, sempre atento, até porque as eleições autárquicas estão aí à porta, viu nesta questão uma oportunidade para demarcar-se do partido socialista e não a desperdiçou.

Na verdade, a urgência de um hospital central com outras valências, novas infraestruturas e uma outra localização, há muito que está sinalizado. Os vários governos vão sucedendo-se e a obra não passa do papel. O atual governo está em exercício vai para seis anos e a resposta para esta inaceitável lacuna tarda em ser resolvida. Perdendo, com isso, os alentejanos, sobretudo os residentes mais distantes da capital.

Com efeito, segundo algumas vozes, o atraso no inicio da obra estará relacionado com a exigência da comissão europeia na feitura da avaliação de impacto ambiental. Houve quem entendesse que este formalismo seria dispensado por despacho governamental. Porém, há quem tenha outra informação vindo de dentro da união europeia de que essa avaliação será indispensável para a obtenção do financiamento comunitário

Assim, à semelhança de muitas outras obras estruturantes para o desenvolvimento do país, a construção do novo hospital central de Évora parece estar enguiçada. Contudo, por muito que os partidos que sustentam a atual governação pretendam criar na ideia das pessoas que nada é com eles, a realidade desmente-os contundentemente. Quanto ao governo, pede-se que tenha a “palavra de Homem”.

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