Faz hoje uma semana que foi aprovado o orçamento municipal, tendo sido viabilizado com o voto favorável do movimento e a abstenção do PS. Sendo que o orçamento municipal comporta uma previsão de despesa cerca de 80 milhões de euros.
Segundo o presidente do município o orçamento municipal “dará resposta aos projetos relacionados com a capital europeia da cultura”, bem como às questões da “água e saneamento e da rede viária”. Parece-me que este orçamento seja muito pouco ambicioso.
As questões relacionadas com a capital europeia da cultura são consensuais paras as forças políticas e, aparentemente, para os eborenses em geral. Porém, tenho muitas dúvidas que as questões do transito e do abastecimento de água em baixa, a rede que leva a água às torneiras das nossas casas sejam questões consensuais.
As redes viárias da cidade e do concelho estão num estado tal de degradação que será impossível não se ver a necessidade premente na reparação das mesmas. Não há avenida, estrada e rua que não necessite de uma pequena, média ou grande intervenção. Pelo que dois milhões e quinhentos mil euros para dar resposta a esta necessidade, é, manifestamente, muito pouco.
Por outro lado, os cortes no abastecimento de água são consideráveis e repetidos. Não há uma semana que não haja notícia da reparação de uma conduta.
A este propósito, há dois anos, foi-me dito que a rede de abastecimento de água do concelho de Évora necessitava de um investimento superior a 20 milhões de euros. O orçamento para o ano em curso, prevê, segundo o presidente do município, uma verba que é menos de dez por cento da efetiva necessidade.
Por isso, em caso de falhanço da gestão municipal, esta, acarretará, necessariamente, responsabilidades para as forças partidárias e/ou movimentos que viabilizaram o presente orçamento. Para mim não haverá quaisquer dúvidas disso.
