Mais Dívida Pública

Crónica de Opinião
Sexta-feira, 07 Maio 2021
Mais Dívida Pública
  • Rui Mendes

 

 

Não têm sido poucas as vezes que temos alertado, neste espaço, para o contínuo aumento da dívida pública. Aliás, para o enorme e assustador crescimento da dívida pública.

A última vez que o fizemos foi no passado dia 5 de fevereiro.

Durante o período de governação do Governo Passos Coelho a comunicação social quase que diariamente alertava para a elevada dimensão da dívida pública portuguesa, e para o perigo que uma dívida com aquela expressão representava para o país.

Acontece que com António Costa a dívida pública nominal cresceu significativamente todos os anos. Em 2015 ela representava 231 mil milhões, atualmente representa 275 mil milhões. Cresceu durante estes últimos anos de governação socialista qualquer coisa como 44 mil milhões de euros.

No final de 2020 a dívida pública representava 133,7% do PIB e um montante de 270,4 mil milhões de euros.

No final de março tinha crescido para 137,1% do PIB e para os 275,3 mil milhões de euros.

Não obstante, a nossa comunicação social deixou de dar relevância ao tema.

Absolutamente assustador. E tudo isto se passa sem que nada se passe.

Temos bem presente os riscos associados ao elevado nível de endividamento, desde logo as dificuldades do recurso ao financiamento externo e a subida das taxas de juro.

O que se pedia, ou melhor, que se exigia aos governos que viessem a suceder ao Governo de Passos Coelho era que mantivessem e melhorassem as condições de sustentabilidade da dívida pública, algo que não só não aconteceu com os Governos de António Costa como, com condições internas e externas particularmente favoráveis, ainda veio a agravar.

A redução sustentada da dívida externa portuguesa deveria ser um objetivo central da política económica, mas não só não o é como não é uma preocupação da política económica do governo, e a demonstrá-lo está o seu contínuo crescimento nominal.

Enfim, este será mais um dos pesados legados que estes dois últimos governos nos deixarão. Para além da inércia governativa, António Costa também nos irá deixar uma dívida enorme para que não esqueçamos, mais uma vez, o que são as governações socialistas.

 

Até para a semana

 

Rui Mendes

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