Assinalou-se no dia 25 de novembro o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Os números deste tipo de violência são assustadores e deviam ser motivo para uma reflexão política e social séria.
Que fique claro que é no seio das sociedades machistas que a violência contra as mulheres tem a sua perigosa raiz. E sim, a nossa sociedade ainda é estruturalmente machista.
Todos os dias somam-se histórias de mulheres assediadas, abusadas, violentadas ou assassinadas.
Entre 1 de janeiro e 15 de novembro deste ano 25 mulheres foram assassinadas. Repito: 25 mulheres, sendo que 15 foram mortas num contexto de relação de intimidade, atual ou prévia. Neste mesmo período, somam-se mais 38 tentativas de homicídio.
Não são números, são vidas.
Preservar a vida das mulheres, é defender cada um dos seus direitos e combater, sem tréguas, a cultura machista e a cultura de silêncio que banaliza e aceita a violência contra as mulheres.
E é bom recordar que muitas das vidas que se perderam contam uma história de existência de queixas prévias que foram ignoradas ou desvalorizadas, mas também contam a história de mulheres que com salários baixos face a um custo de vida insuportável e num cenário de uma crise brutal na habitação não se conseguiram autonomizar e deixar o agressor para trás.
Este é um problema de todos nós.
Nem mais uma!
Até para a semana.