Já não bastava o Camilo Castelo Branco ser descoberto, ao fim de 11 anos de exposição, numa relação de ostensivo poder marialva com uma senhora nua – alegando umas almas pias ser ela Ana Plácido, portentosa escritora, quiçá melhor que Camilo, mas ignorada pela crítica sexista, ali representada em modos de badalhoca mulher da vida, embora o autor negue tal identificação – chega a vez de Marcelo Rebelo de Sousa, ao fim de 7 anos de magistratura presidencial, ser denunciado por abusar de brejeirices com meninas e senhoras das mais variadas idades, beijando-as abundantemente, abraçando-as sob pretexto das selfies e, pior que tudo, lançando-lhes piropos mais ou menos atrevidos, borrifando-se para o facto de, actualmente, a lei portuguesa declarar caça aos ditos cujos.
Tudo foi espoletado pela RTP, que apanhou o Presidente, no Canadá, a “fazer uma ‘piada’ sobre um decote”, conforme denunciou a deputada socialista Isabel Moreira que acrescentou, pedagógica: “um PR não faz piadas sobre decotes”, “Quem ainda não percebeu isto e é PR, aprenda. E peça desculpas. O sexismo dá cabo de nós. Não tem piada”. Assim falou Isabel.
Como na maior parte das vezes, não concordo com a deputada… acho piada. Os ministros da Saúde e da Educação a tentarem esconder o Sol com uma peneira, hospitais e escolas em polvorosa e sermos levados a discutir a estátua do Camilo e as libertinices de Marcelo com suas fãs.