É pública a reivindicação de um grupo de encarregados de educação da Escola Básica da Avenida Heróis do Ultramar. Em causa a decisão do Sr. Diretor do Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira que, na distribuição de serviço, decidiu afastar desta Escola a Prof.ª Rita Curvo que ali lecionava há vários anos.
Nos últimos 3 anos, a Prof.ª Rita acompanhava uma turma e preparava-se para terminar o ciclo com a mesma.
É a turma da minha filha, mas podia não ser.
Estamos perante um cenário de injustiça que tem de mobilizar toda a comunidade educativa e sociedade civil. Injusto porquê? Porque a pretexto de uns supostos conflitos entre docentes (que não são materializados) se viola o superior interesse de 24 crianças.
É do superior interesse destas crianças a garantia da continuidade pedagógica com a mesma professora ao longo de todo o 1.º Ciclo. Este princípio é defendido pelo Ministério da Educação, e era possível não fosse a decisão, muito mal fundamentada, do Diretor do Agrupamento de Escolas em questão.
Afasta-se, por decisão administrativa, uma professora que demonstrou, ao longo dos últimos anos, um profissionalismo de excelência, contribuindo de forma bastante positiva para o desenvolvimento pedagógico, cognitivo, emocional e relacional de todos os seus alunos. É, aliás, unânime a avaliação que os/as encarregados/as de educação fazem do seu desempenho: profissional dedicada, competente, atenta e disponível.
Ainda que legalmente da competência do Sr. Diretor, a distribuição de serviço deve prosseguir o interesse público subjacente e garantir que as melhores práticas pedagógicas sejam implementadas em todas as escolas. Que interesse tem esta decisão e para quem?
Espero que todos os membros do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira estejam à altura da sua responsabilidade, e contribuam para a transparência e a justiça no âmbito das suas competências.
A minha filha iniciou a Escola, com um sorriso nos lábios, porque a Rita, a Prof. Rita lhe demonstrou que a Escola é um sítio Feliz.
As crianças merecem ser tratadas desta forma? E uma Professora competente? Merece que o seu profissionalismo seja posto em causa desta forma? Não basta defender a classe dos professores. Precisamos mesmo de defender, intransigentemente, os professores/as concretos e reais que nos rodeiam. Aqueles que fazem a diferença!
E se fosse consigo?
Até para a semana!