A Évora dos dias de hoje traz-me à memória aquelas senhoras que só tinham um vestido, mas usavam diferentes echarpes e lenços para disfarçarem a falta de dinheiro. A cidade de Évora, infelizmente, “veste-se assim”.
O executivo camarário, e, é de salientar pela positiva, conseguira trazer para a cidade a realização da capital de europeia da cultura. Aposta em múltiplos eventos culturais e desportivos, porém o básico não é tratado convenientemente.
Na cidade e nos bairros podemos encontrar ervas em muitos locais. O lixo, em muitos sítios, não é recolhido, atempadamente, permanecendo nos recetáculos vários dias.
Relativamente à rede viária, os pavimentos das avenidas, ruas e travessas, dia após dia, vão degradando-se cada vez mais reclamando pela exigida manutenção. Em boa parte destas vias o pavimento encontra-se num péssimo estado.
Por outro lado, só falo deste equipamento por que há outros, a ecopista precisa de manutenção urgente, Não sou especialista, mas o troço novo, o que liga o bacelo à cidade, está a degradar-se a olhos vistos. O pequeno passadiço em madeira junto ao entroncamento do Senhor dos Aflitos, necessita de uma intervenção de fundo, sob pena de alguém se aleijar.
Por isso, talvez seja mais curial e necessário dar prioridade aos problemas estruturais do que ficcionar-se que, a cidade é pujante e, cheia de recursos. Não é de facto e se não forem tratados os problemas estruturais, nem o “único vestido” sobrará.