Foi apresentado o Orçamento do Estado para o ano de 2024. Ao mesmo tempo é apresentado um excedente orçamental de 2023 de 0,8%, o valor mais elevado nos últimos 50 anos.
Com um excedente orçamental destes, seria de esperar que o Governo tudo fizesse para ajudar as famílias portuguesas que atravessam um momento muito difícil. Seria de esperar, mas os primeiros sinais demonstram a continuação de uma insensibilidade total por parte do Governo de António Costa.
Em 2023, a folga orçamental será de 4.400 milhões de euros. Em 2022, a folga já tinha sido de 3.500 milhões de euros. Ou seja, em dois anos, o Governo tem uma folga orçamental de 7.900 milhões de euros e continua a recusar-se a apoiar de forma clara as famílias que estão com a corda na garganta, ao mesmo tempo que é inflexível com profissionais da saúde e da educação. De investimento público vê-se muito pouco e vislumbra-se pouco para 2024.
O Orçamento do Estado para 2024, se não tiver alterações estruturais, é uma continuação de uma política que se recusa a fazer recuperar rendimentos face à subida acumulada da inflação, e não apresenta qualquer medida estrutural de investimento na Escola Pública, no Serviço Nacional de Saúde, ou numa Política de Habitação que permita assegurar o direito básico a um tecto.
António Costa prefere manter o clima de conflitualidade com diferentes sectores, procurando virar portugueses contra portugueses, confiante que os mais jovens não votam e que continuará a ser visto pelos portugueses como o grande tampão à ascensão da extrema-direita.
Truques e mais truques, mas não mão não há mesmo nada. Este Governo é mesmo uma mão cheia de nada para o país.
Até para a semana!