Existem notícias que pelo seu impacto nos chamam a atenção.
Foi o caso de uma que recentemente anunciou que uma junta de freguesia de Lisboa está a desenvolver um programa de regeneração urbana que se traduz na construção de 58 casas para arrendamento acessível, numa residência universitária para 120 camas e em diversos equipamentos urbanos.
Quanto à residência universitária está construída e terá sido inaugurada na passada quarta-feira. Pelo que sabemos será a primeira residência a ser gerida por uma junta de freguesia. Será um equipamento que irá apoiar socialmente um significativo número de estudantes, essencial para conseguirem continuar a frequentar o curso superior.
É um exemplo do papel que as autarquias locais devem ter no combate ao afastamento das pessoas dos centros das cidades e na promoção da recuperação do edificado urbano, dando vida aos centros das cidades.
Mas para isto acontecer é necessário criar dinâmicas, é necessário saber atrair investimentos, aproveitar oportunidades, sejam de natureza pública ou privada.
Provavelmente a maioria daqueles que estão a ouvir esta crónica estará já a pensar em Évora. Pois…
Reabilitação urbana dentro do centro histórico eborense é coisa pouco vista. Vai acontecendo de uma forma muito pontual. A recuperação tarda em surgir. Faz-se muito pouco em Évora para que o centro histórico volte a ter vida, seja significativamente habitado.
Como não passa pela cabeça dos eborenses ver a autarquia local tomar uma qualquer iniciativa no sentido de contribuir para reduzir o problema do alojamento estudantil. Para a autarquia eborense esse não é o seu problema e ponto final.
No fundo, tudo se resume à visão que se tem para os territórios e aquilo que interessa fazer avançar. Razão porque uns conseguem resultados e outros conseguem “nada”.
Até para a semana