Trump inspira Joacine?

Nota à la Minuta
Segunda-feira, 20 Janeiro 2020
Trump inspira Joacine?
  • Alberto Magalhães

 

 

Na sexta-feira passada, dizia eu que o despudorado uso da mentira, parece impor-se como a táctica política de eleição no século XXI, com Donald Trump em lugar de destaque. Efectivamente, segundo o jornal Washington Post, o presidente dos EUA, no primeiro ano do seu mandato fez 1999 afirmações falsas ou enganadoras; no ano seguinte, 2018, saltou para 5689; no ano passado, melhorou de rendimento: 7725, até 20 de Dezembro. Ou seja, em 1050 dias de presidência, somou 15413 mentiras ou imprecisões manhosas, conseguindo a impressionante média de cerca de 14,7 diárias. Não é fácil!

No congresso do Livre, realizado este fim-de-semana, não obstante o partido continuar a hesitar em ver-se livre da sua única deputada, tornou-se patente a inevitabilidade do divórcio. Por dois votos (52-50), ela não foi excomungada logo ali… e merecia. Mas os congressistas – e Rui Tavares, em particular – também já merecem ser abanados pelos seus eleitores (não falo dos eleitores que votaram na mulher, na negra e na gaga, falo dos outros). Persistirem, como parecem querer persistir, nas metodologias libertárias de funcionamento e organização do partido, depois da experiência Joacine, parece teimosia suicidária.

Mas o que eu quero mesmo, hoje, é salientar a pinta de boa aluna de Trump, de que Joacine, de novo, deu mostras: Enxotada da direcção do partido, que “só por milagre” não a renegará dentro de dias, o seu soundbyte para os media foi genialmente trampiano: o congresso deu-lhe nem mais nem menos que um “voto de confiança”.

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