O Alentejo perdeu cerca 53.000 mil pessoas nos últimos 10 anos, segundo o instituto nacional de estatística/censos de 2021. É verdade que, a perda no total do país, andou à volta das 200.000 pessoas, por isso, não é uma questão especifica de alguma região em particular.
Na verdade, para além dos concelhos de Braga e de Sintra, a maior parte dos concelhos do país perdera população. Não sou especialista em demografia, porém, sabemos todos que a população tem vindo a diminuir nas últimas décadas, estando inexoravelmente envelhecida.
A perda de população no continente europeu é uma realidade e, aparentemente, as políticas públicas não têm sido eficazes a mitigar o problema. No caso português, muito dos recursos financeiros são direcionados na constituição de grupos de trabalho para estudarem o problema e apontarem soluções. No entanto, poucos são os recursos alocados à sua resolução.
Ora, sem políticas direcionadas à atração de capital, sobretudo para o interior do país, não haverá criação de emprego e, consequentemente, as pessoas não fixarão residência nestes territórios e muito menos terão condições para formar família. Pergunto: será este o legado que pretendemos deixar aos vindouros? Se assim for é muito pouco dignificante para uma sociedade que se diz desenvolvida.