Vírus, vírus e mais vírus

Crónica de Opinião
Quarta-feira, 18 Março 2020
Vírus, vírus e mais vírus
  • José Policarpo

 

 

As nossas vidas estão totalmente condicionadas pela ameaça da pandemia que teima em permanecer sobre a cabeça de todos. Embora não haja, até ao momento, caso algum de covid-19 diagnosticado na região do Alentejo, o certo é que, o número de casos verificados nas restantes zonas do país, indiciam que mais cedo do que tarde, teremos, também, no Alentejo pessoas infetadas.

Por isso, não deveremos baixar as armas na luta contra este maldito vírus, que até há pouco tempo era, totalmente, desconhecido da comunidade científica. As recomendações das autoridades de saúde deverão ser seguidas à risca; o distanciamento social significa, que devemos manter-nos distanciados das outras pessoas, no mimo, 2 metros. A higienização das mãos deverá ser uma constante. Deste modo, contribuiremos para a atenuação da propagação do vírus.

Na verdade, não é o tempo para fazer o balanço das respostas dadas pelas autoridades públicas, à cabeça, o governo de Portugal, na luta contra o covid-19. Sabe-se, no entanto, que o vírus é altamente contagioso, por isso, as respostas para atenuar a sua propagação, têm de ser eficazes, senão, quanto se julga saber, 1% da população será infetada no curto prazo. O que significa, no caso português, cerca de 100.000 pessoas infetadas e 2% destas a precisar de cuidados intensivos, como por exemplo de ventilação mecânica.

O país só tem 1 300 ventiladores disponíveis, se o houvesse 2 % das 100.000 pessoas infetadas a necessitarem de ser ventiladas, significaria que, possivelmente,700 pessoas, morreriam por falta de equipamentos disponíveis. O país não iria suportar tal circunstância.

Por último, face ao que é conhecido, sem querer fazer o balanço político da gestão desta calamidade pública levada a cabo pela Câmara Municipal de Évora, mesmo com competências limitadas em matéria de saúde pública, parece-me que deverá ser mais ativa na divulgação das medidas de contenção e prevenção junto dos seus munícipes. Por seu lado, as instituições privadas de Évora estão a dar um grande exemplo. Veja-se o caso dos estabelecimentos comerciais junto da praça Giraldo, que encerraram as suas portas, contribuindo assim, estou certo, para o sustar da propagação da doença.

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