O Museu de Évora passou a Museu Nacional e a chamar-se Frei Manuel do Cenáculo há pouco mais de um ano, mas o CDS-PP diz que, desde então, mais nada foi feito.
Os democrata-cristãos dizem que o museu ainda não está oficialmente enquadrado na orgânica dos museus nacionais e, por isso, enviaram uma pergunta ao ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes.
“O nosso autarca em Évora Frederico Carvalho chamou-nos à atenção para o problema relativo a este museu, que foi classificado enquanto museu nacional, mas que, depois do anúncio, nada mais sucedeu”, afirma à DianaFM o deputado António Carlos Monteiro.
O parlamentar centrista diz que para o Museu Frei Manuel do Cenáculo “ser um Museu Nacional não basta um anúncio do Governo, porque, então, ficamos pela mera propaganda”.
“Aquilo que era a aspiração dos eborenses de terem um museu nacional com um tratamento equivalente aos dos outros museus nacionais está a ser frustrado pelo facto de nada ter sido operacionalizado” nesse sentido, realça.
Na pergunta, os deputados do CDS-PP realçam que a promoção do museu “pressupunha também uma alteração no estatuto”, passando este a estar “diretamente sob alçada do Ministério da Cultura, através da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC)”.
Contudo, assinalam, o museu consta na página da Internet da Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen) como “uma sua unidade orgânica flexível” e não está na listagem dos museus e monumentos nacionais no sítio da Internet da DGPC.
“A efetiva passagem a Museu Nacional proporciona aos museus vários benefícios”, indicam, salientando que o Museu Frei Manuel do Cenáculo, como ainda não estará oficialmente enquadrado na orgânica dos museus nacionais, “não pode usufruir de novas dotações humanas e físicas”.
A promoção do então Museu de Évora a Museu Nacional e a alteração da designação para Museu Frei Manuel do Cenáculo foi aprovada pelo Conselho Nacional de Cultura em fevereiro de 2017.