As chuvas das últimas semana resolveram praticamente as dificuldades dos agricultores no acesso à água para o abeberamento dos animais, mas o problema com a alimentação “não está resolvido”.
Por isso, o presidente da Confederação dos Agricultores Portugueses, Eduardo Oliveira e Sousa, diz à DianaFM que se justifica um reforço das medidas de apoio para a alimentação dos animais.
“Os agricultores gastaram tudo o que tinham, não têm reservas para enfrentar o verão e já não há tempo de fazer crescer as ervas, porque o outono e o inverno já passaram”, afirma.
O presidente da CAP participou ontem numa reunião com agricultores, em Évora.
Também a Associação de Jovens Agricultores do Sul (AJASUL), com sede em Évora, esteve representada no encontro.
O seu presidente, Diogo Vasconcelos, dá conta à DianaFM das dificuldades do setor devido à seca.
“Os agricultores do distrito de Évora estão com um buraco financeiro muito grande”, alerta.
Segundo o responsável, os agricultores “estiveram praticamente um ano a dar de comer aos animais à mão”, o que originou “grandes dificuldades em termos de tesouraria”.
“A linha de apoio do ministério não é atrativa” e “os bancos têm melhores condições”, acrescenta.
A reunião dos agricultores decorreu nas instalações da Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), em Évora.