Os deputados do PS e do PCP por Évora estão preocupados com a eventual “desclassificação” da urgência polivalente do Hospital de Évora.
Carlos Zorrinho, deputado eleito por Évora e líder parlamentar socialista, disse que não existe confirmação oficial da medida, mas considerou que este “Governo tem habituado os portugueses a que não haja fumo sem fogo”.
“Se isso vier a acontecer, será um retrocesso enorme na saúde no Alentejo”, porque “foi feito investimento no hospital” e a unidade “tem todas as condições para ter uma urgência polivalente de proximidade”, defendeu o parlamentar do PS.
No caso da medida avançar, segundo Carlos Zorrinho, o orçamento da unidade hospitalar “será também reduzido”, o que “acabará por ter consequências noutros projetos importantes, como é o caso da construção do novo Hospital Central de Évora”.
Também o deputado do PCP João Oliveira alertou para as consequências da “desclassificação” da urgência hospitalar.
“A existência de uma urgência polivalente no Hospital de Évora significa, em alguns casos, que os cidadãos podem ter a sua vida salvaguardada, particularmente em caso de Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou enfarte, porque não precisam de ser transferidos para Lisboa”, afirmou João Oliveira.
De acordo com o parlamentar comunista, a proposta para a “desclassificação” da urgência polivalente do Hospital de Évora consta de um relatório sobre a rede de urgências hospitalares, que foi elaborado por um grupo de trabalho nomeado pelo Governo.
Já o deputado do PSD eleito por Évora, Pedro Lynce, baseando-se em declarações do ministro da Saúde, Paulo Macedo, na Comissão Parlamentar de Saúde, na semana passada, garantiu que não haverá alterações nas urgências.
“As valências com que fica o Hospital de Évora são as mesmas que tem neste momento”, não havendo “quaisquer alterações”, afirmou.