A escritora Teolinda Gersão, este ano galardoada com o Prémio Vergílio Ferreira, afirmou que a distinção “é, antes de mais nada, uma homenagem ao Vergílio Ferreira”.
É um escritor “que admiro muito e que ainda tive o privilégio de conhecer pessoalmente no fim da vida dele, nos últimos anos, e de quem fiquei amiga””, referiu.
A escritora reconheceu que “um prémio é sempre estimulante”, não apenas “para quem o recebe”, mas igualmente “para o público em geral, porque leva à curiosidade de ler mais”.
A autora considerou ainda que a cultura “não é devidamente valorizada” no nosso país; “lê-se tão pouco e a cultura não é devidamente valorizada, em quase todos os lados”, realçando que em Portugal “de uma maneira bastante patente”.
Teolinda Gersão recebeu o Prémio Vergílio Ferreira, atribuído pela UÉ, numa cerimónia que decorreu na Sala dos Docentes do Colégio do Espírito Santo.
O júri, presidido por António Sáez Delgado e que, este ano, integrou Pedro Ferré, Mário Avelar, Gustavo Rubim e Elisa Esteves, distinguiu a escritora pela “alta qualidade” da sua “arte narrativa expressa nos vários géneros de ficção clássica, em particular o romance e o conto”.