Câmaras municipais fechadas e outras a funcionar a “meio gás”, concelhos sem recolha de lixo, escolas encerradas e comboios suprimidos são as consequências da greve geral de hoje no distrito de Évora.
“Os trabalhadores quer do setor público, quer do setor privado responderam de uma forma muito determinada e, em muitos casos, corajosa, rejeitando este pacto de agressão”, afirmou à DianaFm Valter Lóios, coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Évora.
De acordo com o dirigente sindical, “em grande parte do concelhos do distrito” não houve recolha de lixo e “muitos estaleiros municipais estão encerrados e outros a funcionar a meio gás”.
Nas autarquias, indicou, Arraiolos e Vendas Novas encerraram e outras registaram adesões de “sempre acima dos 95 por cento de adesão”.
“Também houve uma grande adesão à greve em muitas escolas e jardins de infância do distrito”, o que obrigou ao encerramentos de escolas, como é o caso da Severim Faria, e outras sem aulas, como a secundária André de Gouveia, ambas em Évora, revelou Valter Lóios.
Ainda na área da educação, referiu, os serviços da ação social e os bares da Universidade de Évora “estão encerrados”.
“No Hospital de Évora, houve uma grande adesão de enfermeiros, o que obrigou a que muitas consultas fosse adiadas”, disse o coordenador da união de sindicatos.
Sobre o setor dos transportes, Valter Lóios indicou que “ontem ao início da noite já não se efetuou o último comboio e hoje ao longo do dia os comboios foram suprimidos”.
“Cerca de 87 por cento trabalhadores da REFER aderiram à greve”, adiantou.