Os claustros do Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora foram “palco” de um protesto contra a não integração de precários.
Investigadores e bolseiros reclamaram a regularização do seu vínculo com a academia.
Manuel Nobre, presidente do Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS), revelou à DianaFM que foram apresentados “quase uma centena de requerimentos” ao Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública, indicando que a posição da academia “foi de completa rejeição”.
“Se esses investigadores e bolseiros estão há largos anos, alguns há mais de uma década em funções na universidade, é de espantar que, agora, a universidade diga que, afinal, esse vínculos não são propriamente precários e que não se enquadram no programa”, disse.
O dirigente do SPZS considerou que a Universidade de Évora está a dar “uma desculpa esfarrapada” e pediu para que Governo “trate deste assunto de outra forma”.
Pedro Oliveira, da FENPROF, explicou que a comissão que avalia os processos é composta por três representantes do Governo, três representantes dos sindicatos e um da reitoria.
“Cada processo é votado por estas sete representações e a maioria das situações de precariedade no que respeita aos investigadores são todas recusadas, num votação de quatro (representantes do Governo e da reitoria) contra três (sindicatos)”, realçou.
“São situações profundamente injustas e injustificadas. Temos situações de investigadores que estão há nove e alguns que vão estar 12 anos em regime de precariedade e a reitoria continua a entender que não são situações de precariedade”, acrescentou.
A integração dos precários decorre no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública.