O Templo Romano de Évora, construído há dois mil anos, começa hoje a ficar novamente visível.
O monumento esteve quatro meses rodeado por uma estrutura, devido a obras de restauro.
Os andaimes e o estaleiro começam hoje a ser desmontados e, na próxima semana, já não haverá sinais das obras, segundo Rafael Alfenim, arqueólogo da Direção Regional de Cultura do Alentejo.
“Esta intervenção foi para melhorar o seu estado de conservação e prolongar-lhe a vida. Ficou de melhor saúde do que estava anteriormente”, afirma Maria Fernandes, da Direção-Geral do Património Cultural.
A Direção Regional de Cultura do Alentejo promoveu ontem uma visita para jornalistas em que foi apresentada a intervenção.
Construído há dois mil anos, o Templo Romano de Évora entrou em obras em agosto depois da queda de fragmentos de um dos capitéis.
Além da conservação e restauro, foi feito também um mapeamento em desenho e fotografia do monumento, que vai permitir que, no futuro, seja mais fácil atuar quando existir alguma anomalia.
Durante os trabalhos, foi possível recolocar duas peças nos capitéis que estavam na reserva do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo e que não se sabia a qual era a sua origem.
As obras serviram também para que investigadores do Laboratório HERCULES da Universidade de Évora recolhessem materiais no monumento.
As amostras vão possivelmente dar pistas sobre o passado do monumento.
O diretor do Laboratório HERCULES, António Candeias, adiantou que foi criado um modelo a três dimensões dos capitéis e testado um novo tratamentos contra os fungos.
O Templo Romano de Évora é monumento nacional e está abrangido pela classificação do centro histórico da cidade como Património Mundial.
