Exposição evoca 60 anos da presença dos monges cartuxos em Évora

Exposição evoca 60 anos da presença dos monges cartuxos em Évora

Domingo, 20 Outubro 2019
Alentejo

Uma exposição de fotografia e vídeo vai “revisitar” os quase 60 anos da presença dos monges cartuxos em Évora.

A mostra abre ao público no dia 26 deste mês, às 18:00, no Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida (FEA).

Intitulada “Saudades dos Cartuxos”, a exposição conta com trabalhos dos fotógrafos Daniel Blaufuks, José M. Rodrigues, Paulo Catrica e Nacho Doce, entre outros.

Esta exposição faz parte do programa preparado pela FEA para assinalar a despedida dos quatro monges cartuxos que viviam no Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, perto de Évora, e que vão mudar-se para Espanha.

A história da Fundação Eugénio de Almeida está ligada, desde a sua génese, em 1963, ao regresso e à presença da Cartuxa em Évora, como foi vontade e obra do seu instituidor, Vasco Maria Eugénio de Almeida.

Évora acolheu, em 1587, os primeiros monges que fundaram o Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, mas, quase três séculos mais tarde, “os ventos da história determinaram a expulsão dos filhos de São Bruno” e que “só regressaram a Évora em 1960, pela mão de Vasco Maria Eugénio de Almeida”, realçou a FEA.

“Foi possível que, durante quase 60 anos, os monges ali permanecessem em silêncio e oração”, referiu, indicando que “chegaram a ser 22, em 1977, mas com a diminuição de vocações por toda a Europa, a comunidade foi-se reduzindo cada vez mais”.

Os quatros monges que ainda restam, dois octogenários, um português e um espanhol, e dois nonagenários, ambos espanhóis, receberam a indicação do Capítulo Geral da Ordem de que teriam que mudar-se para a Cartuxa de Montalegre, a cerca de 20 quilómetros de Barcelona.

Com esta decisão, assinalou a FEA, desaparecem também as ordens masculinas de clausura em Portugal.

Foto: Arquidiocese de Évora, Cartuxa 2007

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