O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora, Inácio Esperança, garantiu hoje que o socorro às populações não está em causa, apesar do protesto da classe.
“O socorro não está em causa. Todos os bombeiros estão a trabalhar no sentido de, não só de socorrer rápida e eficazmente as pessoas, como até melhorar o nível de prontidão”, afirma.
O dirigente da federação apela para que a população continue, em caso de emergência, a ligar para o 112, porque “não há qualquer problemas”, ou para os corpos de bombeiros.
Em declarações à DianaFM, o responsável diz que os bombeiros estão a ser desrespeitado pelo Governo, porque os meios financeiros e os recursos destinados à Proteção Civil não estão a chegar às corporações.
Na pedreira de Borba, durante as operações de resgate, após o acidente na estrada 255, “estiveram envolvidas várias entidades”, mas “dos bombeiros, que foram a maior força no terreno, ninguém recebeu um tostão” e “todas as outras forças receberam horas extraordinárias, compensações monetárias ou em tempo”, indica.
As corporações de todo o país não estão a reportar as ocorrências aos comandos distritais de Proteção Civil, como forma de protesto.
No distrito de Évora, segundo o presidente da federação distrital, só uma corporação ficou de fora da iniciativa.
“Só há uma associação que continua a reportar dados para o CDOS (Comando Distrital de Operações de Socorro) que é a de Reguengos de Monsaraz”, adianta.
Os bombeiros lutam pela criação de uma Direção Nacional de Bombeiros autónoma da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), por um comando próprio e pelo instituição do Cartão Social do Bombeiro, que contemple verdadeiros incentivos ao voluntariado.