Três paraquedistas que seguiam no avião que caiu, no passado dia 19, em Canhestros, Ferreira do Alentejo, sobreviveram graças ao paraquedas de emergência de abertura barométrica.
Estas são algumas das primeiras conclusões da investigação, com base nos relatos de sobreviventes, a cargo do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) e publicadas hoje na sua página da Internet.
A aeronave PILATUS PC6, operado pela Aerovip, descolou do Aeródromo de Figueira de Cavaleiros para um voo de instrução e treino de paraquedistas, com sete paraquedistas e um piloto a bordo.
Quando a aeronave cruzava os 7.000 pés em subida, de acordo com o testemunho de um dos paraquedistas, começou a ser ouvido um ruído de partir/rasgar o metal, sendo a aeronave submetida a uma guinada instantânea de nariz em cima e, subitamente toda a parte traseira da estrutura desintegrou-se.
Os ocupantes foram projetados contra a estrutura da aeronave antes de serem arremessados para fora.
Os que não sofreram lesões graves, conseguiram saltar do avião e acionar os respetivos paraquedas, tendo, três deles, sofrido lesões graves antes de saírem da aeronave, sendo acionado o paraquedas de emergência de abertura barométrica.
A desintegração das restantes partes foi acontecendo até ao impacto final com o solo.
Os fragmentos das partes da aeronave foram encontrados numa extensão de aproximadamente 1.500 metros numa faixa de cerca de 500 metros e estavam muito dispersos, apresentando um alinhamento com a direção do voo, de oeste para leste.