O Imaterial nasceu na sequência da atribuição, por parte da UNESCO, do estatuto de Património Imaterial da Humanidade ao cante alentejano, expressão musical maior da região do Alentejo, que vai estar presente em mais um edição do festival, em Évora.
Luís Garcia, da organização, salienta a música que soa à voz trabalhada de sol a sol.
Os Ganhões de Castro Verde vão subir a palco, porém não vão sozinhos.
Os homens que colhem o nome naqueles que trabalhavam no campo, ao serviço das sementeiras, das colheitas ou da apanha da azeitona, juntam-se ao cantor Paulo Ribeiro para o espetáculo “O cante não cai do céu”, juntando às modas do cancioneiro tradicional um conjunto de novas composições.
São temas trabalhados por Paulo Ribeiro a partir de poemas de Manuel da Fonseca, João Monge, Tiago Rodrigues ou Patrícia Portela, numa perspetiva de renovação do reportório do cante, trazendo novos olhares sobre uma música que é Património Cultural e Imaterial da Humanidade.
Para que o cante não se esqueça de crescer para fora – e não para dentro.
Os Ganhões de Castro Verde e Paulo Ribeiro vão estar presentes no dia 27, pelas 22h30, no Teatro Garcia de Resende.
Fotografia: Paulo Ribeiro