O Governo escolheu o chamado “Corredor 2” para o troço junto a Évora da futura linha ferroviária Sines-Caia e não há volta atrás.
Foi o que disse esta manhã o ministro do Planeamento aos deputados da comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas.
“Imaginemos que fazíamos uma coisa que em Portugal se faz várias vezes, erradamente, que é voltar atrás nas decisões. Se o fizéssemos relativamente a esta linha, o que iria acontecer é que o país corria o sério risco de perder centenas de milhões de fundos comunitários”, alertou.
O “Corredor 2” é o que apresenta uma distância intermédia em relação à cidade dos três traçados que foram estudados e foi o escolhido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Pedro Nuno Santos indicou que “a Infraestruturas de Portugal (IP) estudou seis traçados e no final apresentou três à APA e a APA escolheu aquele que, no quadro da sua avaliação, era o melhor”.
“O processo é este. O PSD e o PCP não concordam, mas isso acontece com muitas coisas que entretanto vão sendo decididas”, realçou, vincando que “não foram tomadas decisões nas costas de ninguém” ou “de forma pouco transparente”.
“Foram cumpridas as regras e as normas e não temos nenhuma razão para achar que sabemos mais que a IP e do que a APA”, acrescentou.
Durante a audição, o ministro disse também que o Governo pretende que a futura linha sirva também para o transporte de passageiros.
Os deputados eleitos por Évora João Oliveira, do PCP, e António Costa da Silva, do PSD, mostraram-se contra a decisão do Governo em relação ao atravessamento da cidade pela nova linha ferroviária e garantiram que existiam melhores opções.
O subtroço Évora-Évora Norte faz parte do Corredor Internacional Sul, com a conclusão da obra programada para o primeiro trimestre de 2022, num investimento de 509 milhões de euros, quase metade de fundos comunitários.
