O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) registou uma diminuição das dádivas de sangue.
“Temos uma quebra de cerca de 50%” nas dádivas de sangue, nos meses de dezembro e janeiro, revelou à DianaFM o diretor do serviço imunohemoterapia do hospital de Évora, Francisco Ferro.
Segundo o médico, a diminuição já é habitual nos meses de inverno, mas a pandemia também pode ter contribuído para a redução.
Por causa da covid-19, “pode haver receio das pessoas”, mas não há motivos para isso, porque “até é mais seguro” e estão a ser cumpridas “todas as normas de segurança”, sublinhou.
Perante a situação, o hospital de Évora lançou uma campanha para aumentar as dádivas, denominada “Confinar também é dar”.
“O sangue não se produz e não há nenhuma fábrica de sangue e os doentes necessitam dele” referiu Francisco Ferro, indicando que “uma dádiva corresponde a três doentes”.
De acordo com o responsável, o HESE “necessita mesmo” das dádivas de sangues, tendo em conta as reservas da unidade hospitalar.
“O problema não é só de Évora. É a nível nacional”, realçou.
A campanha decorre de segunda a sexta-feira por marcação, através do número de telefone 266 740 132 e geral@hevora.min-saude.pt.
A dádiva de sangue está prevista nas exceções do confinamento.
Quem já foi vacinado para a covid-19 pode dar sangue, no mínimo, 15 dias depois da vacinação e quem já foi infetado com o coronavírus só pode dar sangue 28 dias após a alta.