A presidente do conselho de administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) não concorda com as conclusões de uma auditoria do Tribunal de Contas.
Maria Filomena Mendes diz que a unidade hospitalar vai continuar “a defender junto das instâncias do tribunal” o seu contraditório no processo.
Para a responsável, “o hospital não pagou indevidamente aos médicos” e a nomeação de administradores hospitalares foi feita “de acordo com a competência gestionária” e “em função das necessidades” da entidade.
Contudo, adiantou que o hospital vai “notificar os médicos” com funções de chefia para a devolução do dinheiro recebido a mais “na sequência das recomendações do tribunal”, apesar de não concordar com o efeito retroativo.
Em relação aos suplementos remuneratórios pagos a médicos com funções de chefia em 14 meses em vez de 12, Filomena Mendes argumenta que, durante muito tempo houve um “vazio legal” e que só este ano houve uma clarificação.
Quanto à nomeação de administradores hospitalares, a presidente do HESE justifica o regime de comissão de serviço com a necessidade de o HESE ter trabalhadores naquelas funções e o facto de “o concurso para [ingresso na carreira de] administrador hospitalar não abrir desde 2004”.