O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) foi a primeira instituição do interior do país a utilizar o dispositivo Fasciotens.
Este foi desenvolvido por dois cirurgiões alemães, Dr. Lill e Dr. Beyer, para tratamento das hérnias ventrais complexas e para encerrar defeitos da parede abdominal em recém-nascidos.
Neste caso, Rogério Senhorinho, médico cirurgião no HESE, utilizou o dispositivo para tratar um doente com uma hérnia ventral complexa.
A operação contou com a presença de Thomas Aufenberg, Médico Cirurgião alemão, que se dedica à cirurgia da parede abdominal e que já tem experiência na utilização do referido aparelho.
Segundo Rogério Senhorinho, “ainda é cedo para afirmar se este método vai ser adotado no futuro mas é uma hipótese que tal aconteça porque é uma abordagem inovadora”.
Este descreve ainda esta experiência como “uma boa aprendizagem e acontecimento, tanto durante a cirurgia como no pós-operatório, pois não houve nenhuma intercorrência durante o procedimento.”
Em geral, a experiência em Portugal tem sido um pós-operatório com menos dores, menos dificuldades respiratórias, menos intolerância alimentar e alta mais precoce.
Contudo, o médico reconhece que “ainda vamos ter que esperar uns anos até esta técnica ser considerada standard no tratamento de hérnias ventrais complexas. No entanto, penso que será uma boa solução para doentes selecionados.”
Fotografia: HESE