O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) realizou a primeira implantação de uma válvula aórtica através da técnica minimamente invasiva.
O procedimento médico foi feito a um doente de alto risco com cirurgia coronária prévia, com dois bypass de mamária permeáveis, que inviabilizavam uma reoperação de estenose aórtica e que teve alta ao fim de 24 horas.
O médico Lino Patrício, que liderou a equipa que efetuou o procedimento, disse esperar que seja desenvolvida “uma resposta multidisciplinar em parceria para que os doentes que necessitam de tratar a estenose aórtica possam, doravante, ser avaliados e tratados em proximidade”.
A técnica minimamente invasiva para implante de uma válvula aórtica foi introduzida em Portugal há 12 anos e constitui, para muitos doentes, a única opção, possibilitando uma rápida recuperação dos doentes.
A estenose aórtica é uma doença que afeta cerca de 32 mil portugueses, sobretudo acima dos 70 anos, limitando as suas capacidades e qualidade de vida.
Se não for detetada atempadamente, esta doença pode ter um desfecho fatal, uma vez que a válvula aórtica vai tornar-se cada vez mais estreita, impedido o fluxo sanguíneo para fora do coração.
Os sintomas são cansaço, dor no peito e desmaios.