Na sequência das notícias divulgadas relativamente à bebé que morreu poucas horas depois de ter alta, em 2019, o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) sublinha que a utente recebeu “assistência imediata”.
Em comunicado o HESE, “salienta que ficou evidenciado no processo de inquérito que o HESE prestou assistência imediata à utente, que tinha sido triada a vermelho, cumprindo os tempos alvo previstos no Sistema de Manchester.
Pela prioridade dada à emergência em causa, apenas se realizou o registo dos factos no processo clínico, à posteriori, o que determinou uma diferença entre o momento em que foi prestada a assistência e o momento em que foi registada no processo clínico da utente, conforme apontado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS)”.
Agora, o hospital espera que a Ordem dos Médicos se pronuncie sobre os autos remetidos pela Entidade Reguladora da Saúde, “uma vez que até ao momento esta instituição continua a desconhecer as causas de falecimento da utente”.
Recorde-se que na deliberação sobre este caso, divulgada na segunda-feira, a ERS considerou existirem “fundadas dúvidas quanto à fiabilidade dos dados registados no processo clínico da utente” em relação “à efetiva hora de atendimento”, no dia 29 de abril de 2019, e “à observação médica e prescrição terapêutica”, na manhã seguinte.
O regulador concluiu também que a alta do HESE à bebé de 20 meses foi dada quando a criança ainda apresentava “sinais não tranquilizadores” em relação ao controle e evolução da situação clínica.