As saudades apertam e é através do telemóvel que Bendita fala frequentemente com os seus seis filhos que ficaram em Timor-Leste, aos cuidados dos avós, para que procurasse uma vida melhor fora do seu país.
Mas as promessas não se concretizaram e acabou por ficar sem trabalho e sem dinheiro.
A história é quase igual à dos muitos timorenses que chegaram, nos últimos meses, a Serpa.
Atraídos com promessas de uma vida melhor, compraram a viagem a uma suposta agência em Timor-Leste que lhes garantia trabalho para Portugal.
Bendita e Mariano fazem parte de um grupo de 26 timorenses que vive, em sobrelotação, no anexo de uma casa.
Sem dinheiro, sobrevivem com a ajudar da população de Serpa, que fornece a comida.
Alberto Matos, da associação Solidariedade Imigrantes, está atento à situação dos imigrantes timorenses.
Apesar das dificuldades, os timorenses encaram o futuro com otimismo e acreditam que Portugal ainda lhes vai proporcionar melhores dias.