O inquérito da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) concluiu que a Ordem dos Médicos e o Sindicato Independente dos Médicos têm “responsabilidades deontológicas” pelo surto de covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz.
Em causa está o facto de as duas entidades terem sugerido aos médicos dos centros de saúde que invocassem ilegalidade na prestação da assistência médica para não terem de trabalhar na instituição.
O surto de covid-19 no Lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), em Reguengos de Monsaraz, no verão do ano passado, matou 18 pessoas.
Também o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social indicou que o Instituto de Segurança Social (ISS) já “concluiu o processo de fiscalização” ao lar de Reguengos de Monsaraz, “tendo aplicado duas contraordenações relativamente a deficientes condições de higiene e segurança; e inexistência de pessoal com categoria profissional e afetação adequada às atividades desenvolvidas”.
“O inquérito da Inspeção-Geral do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que foi solicitado pelo Governo, encontra-se em curso, prevendo-se que fique concluído nas próximas semanas. Na última visita conjunta de acompanhamento à instituição, realizada a 06 de janeiro, não foram detetadas desconformidades”, adiantou a tutela.