Cerca de 200 jovens e crianças participaram hoje na greve climática estudantil em Évora.
O protesto incluiu uma concentração na Praça do Giraldo e um desfile pelas ruas da cidade.
Pouco depois do início da concentração, Linda Assunção, uma das organizadoras do protesto, acompanhada por colegas, com um megafone na mão, subiu para um banco da praça e leu o manifesto da iniciativa.
“Não há planeta b”, “somos natureza em autodefesa”, “Governo escuta, os jovens estão em luta, planeta amigo os jovens estão contigo” e “oh senhor ministro explique por favor porque é que no inverno ainda faz calor” foram algumas das palavras de ordem entoadas.
Linda Assunção afirmou que o Governo “não se manifestou” sobre a anterior greve climática, realizada em março, assinalando que os jovens “voltam a unir-se para mostrar que não estão esquecidos e que não vão desistir desta causa”.
“Somos nós que vamos sofrer no futuro as consequências”, alertou, referindo que, apesar de não terem voz “devido à idade e por a maior parte ainda não poder votar”, os jovens querem mostrar que “não se calam até que haja alguma mudança”.
Madalena Batanete e Inês Malhado, ambas da Escola Secundária Gabriel Pereira, defenderam, também em declarações à Lusa, uma mudança de políticas e advertiram que “já não há muito tempo” para o fazer.
“O nosso ministro do Ambiente diz que faz muito em defesa do planeta e até acho que fez, mas ainda falta fazer muita coisa. Temos de apostar nisso e só com esta pressão é que se calhar vão fazer mais alguma coisa”, acrescentou Inês.
Os manifestantes desfilaram depois por algumas das principais ruas da cidade, culminando o protesto na praça do Sertório, junto aos Paços do Concelho.