Justiça: Pinto Monteiro diz que “se fosse primeiro-ministro” pediria para divulgar as escutas
Quarta-feira, 24 Outubro 2012
Nacional
O ex-Procurador Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, defende que, se Passos Coelho e a pessoa interceptada na escuta quiserem divulgá-la, podem e devem fazê-lo.
“Se os intervenientes nas escutas autorizarem podem ser divulgadas. Mas primeiro o Supremo vai dizer se são válidas ou nulas e depois disso nada na lei obsta a que sejam divulgadas se for para defesa deles. Eu se fosse primeiro-ministro faria isso”, referiu Pinto Monteiro.
Em declarações à Rádio Renascença, Pinto Monteiro revelou que mandou as escutas de Passos Coelho para o Supremo sem as ter ouvido, porque não teve tempo para ouvir e que decidiu acreditar no pedido que lhe foi feito pela directora do DCIAP, Cândida Almeida.
O “Expresso” noticiou este sábado que Passos Coelho “foi escutado fortuitamente no âmbito do processo Monte Branco”.
O alvo da escuta terá sido um banqueiro.
O primeiro-ministro garante estar “muito consciente” das suas conversas privadas ou telefónicas, não tendo “qualquer receio” em relação às escutas em foi alvo.