O Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, em Évora, não tem funcionários suficientes que assegurem a vigilância do espaço e esta semana até o diretor fez esse trabalho, antes de mandar fechar as portas.
“É quase um milagre nós conseguirmos manter o museu aberto”, admite o diretor do museu de Évora, António Alegria.
Segundo o responsável, o espaço museológico tem uma “falta crítica de pessoal” para a vigilância e “as diversas tutelas têm sido sempre informadas da situação”.
Além de outros funcionários com funções diferentes, o museu dispõe de três pessoas no quadro que podem fazer as tarefas de vigilância, encontrando-se, atualmente, uma delas de férias.
“No pressuposto de ter uma na bilheteira e de podermos ter a loja aberta, que não temos, ficávamos sem funcionários para a vigilância nos três pisos visitáveis do museu”, refere.
Na última quarta-feira, o espaço fechou “mais cedo” do que o habitual, às 16:00, em vez das 17:30, porque uma das funcionárias teve uma consulta médica e “não podia ficar apenas uma única pessoa na portaria e nenhum vigilante”.
António Alegria conta que ele próprio esteve “a fazer vigilância” e que, depois, porque tinha de “ir fazer outras coisas” acabou por mandar fechar as portas”.
A carência de pessoal no museu, sublinha, “não é de agora” e tem sido “um processo gradual”, porque “umas pessoas reformaram-se e outras vão-se embora” para outros serviços e “não tem havido substituição”.
No final do ano passado, três funcionários reformaram-se e um outro saiu da instituição ao abrigo do regime da mobilidade.