O Tribunal de Évora começou hoje a julgar a ação da sociedade imobiliária Evourbe contra o Lusitano Ginásio Clube.
Em causa está o negócio entre a Evourbe e o Lusitano que envolveu a venda do Campo Estrela e a construção do Complexo Desportivo da Silveirinha.
O julgamento arrancou esta manhã numa das salas pequenas do tribunal, mas foi interrompido pouco tempo depois.
A sala era pequena para o número de pessoas que queriam assistir e o juiz que está a julgar a ação decidiu prosseguir a sessão na sala principal do tribunal.
Na sessão, o representante da Evourbe, Arnaldo Súcia, afirmou que a sociedade imobiliária “não deve nada ao Lusitano” e que pagou “até acima” do que estava inicialmente estabelecido.
O responsável indicou que o Campo Estrela foi cedido em comodato ao Lusitano “até que tomasse posse da Silveirinha”, realçando que a “posse e uso” do novo complexo passou para o clube em “maio de 2006”.
Questionado pelo advogado José Luís Cardoso, que defende a autora da ação, Arnaldo Súcia explicou em tribunal que, na altura, o Lusitano pediu para que a Silveirinha continuasse na Evourbe devido aos “problemas fiscais” do clube.
“O Lusitano incumpriu quando lhe foi solicitada” a entrega do Campo Estrela, sublinhou.
O advogado do Lusitano, Luís Carlos Sande Candeias, optou por não fazer perguntas ao representante da Evourbe e pediu ao tribunal para que junte aos autos “o processo administrativo” da Câmara de Évora, que foi aceite pelo juiz.
Durante a primeira sessão, foram também ouvidos dois dos três peritos que fizeram um relatório sobre os trabalhos executados pela Evourbe no Campo Desportivo da Silveirinha.