O PCP afirmou hoje que o Plano Ferroviário Nacional “não se pode considerar uma proposta séria e fundamentada”, por entender que lhe faltam “elementos fundamentais”, como a articulação com o Aeroporto de Beja para o seu aproveitamento.
A Direção Regional do Alentejo (DRA) do PCP, disse que “sendo um importante contributo para o estudo do setor da ferrovia, não se pode considerar uma proposta séria e fundamentada”.
Sublinhando ainda que faltam “elementos fundamentais” para o planeamento, os comunistas notaram que “qualquer discussão séria sobre esta questão estratégica para o desenvolvimento da região não pode ser desligada de outras questões nodais para esse fim”.
A DRA do PCP defendeu que a discussão deve incluir questões relacionadas com o aproveitamento e a potenciação do Aeroporto de Beja, a rede rodoviária no Alentejo, as políticas de solos e agrícola, o investimento e os serviços públicos, entre outras.
Contudo, para os comunistas, “está ausente a articulação com a rede aeroportuária, quer no que respeita ao impacto da influência do novo Aeroporto de Lisboa, quer nas questões relacionadas com o aproveitamento e potenciação do Aeroporto de Beja”.
No comunicado, a DRA do PCP referiu a necessidade de investimento no Alentejo que contribua para o desenvolvimento da região, propondo a eletrificação da Linha do Alentejo entre Casa Branca e Beja e entre Beja e Funcheira.
A proposta inclui a construção de uma variante ao Aeroporto de Beja e, do ponto de vista infraestrutural e de gestão, a garantia do serviço de alta velocidade entre Évora e Faro, com paragem na capital do Baixo Alentejo.