O PCP acusa o PSD de usar o tema das pragas urbanas com “vincado oportunismo político” e de prejudizar a imagem da cidade.
Em causa está um comunicado do presidente da União de Freguesias de Évora, Francisco Branco de Brito, sobre a poliferação de pragas no centro histórico.
Também em comunicado, a Comissão Concelhia de Évora do PCP considera que a existência de pragas urbanas em cidades é um “fenómeno comum e deve ser mitigado”.
Contudo, a estrutura comunista “refuta e lastima as declarações a órgãos de comunicação social de alcance nacional, prestadas por diversos responsáveis políticos, em particular do PSD” sobre o assunto, passando “a imagem de uma cidade invadida por ratazanas, baratas e pombos”.
“O PCP considera que esta imagem, para além de não corresponder à realidade, presta um péssimo contributo para promoção turística e desenvolvimento económico da cidade, prejudicando comerciantes e empresários, bem como a candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura 2027”, afirma.
Segundo os comunistas, a Câmara de Évora já informou que “não se observa na cidade qualquer tipo de fenómeno anormal” e que já foram realizadas pelos serviços municipais “40 intervenções nos últimos 30 dias”.
“Adicionalmente, já foi adjudicada uma aquisição de serviços externos especializados, no valor de 19 990 €, para desbaratização e desratização nas redes públicas de saneamento”, adianta.
Sobre a necessidade de um sistema separativo nos esgotos do centro histórico, os comunistas dizem que a sua implementação custaria “mais de 20 milhões de euros”.
O PCP “lamenta que os sucessivos Governos PS, PSD e CDS, tendo em vista a privatização da gestão da água pública, tenham adotado políticas que impedem os municípios de apresentar candidaturas para aceder a fundos para a renovação das redes de água e saneamento”.