O PCP diz que a administração da fábrica de Évora da Kemet Electronics recorre à “imposição de marcação de férias” dos trabalhadores.
Em comunicado, a Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP referiu que a Kemet tem tentado “instituir práticas de gestão dos dias de férias dos trabalhadores em função da flutuação da produção ou de outros constrangimentos”.
O mais recente caso de imposição de férias aos trabalhadores aconteceu após “um ataque informático que obrigou à paragem de laboração”, indicaram os comunistas.
A administração da fábrica explica que “a Kemet foi alvo de um constrangimento informático que a paralisou a nível global” e que, por esse motivo, teve que “suspender toda a sua atividade” e adotar “medidas de gestão que considerou adequadas”.
“Passados dois dias, mesmo sem as condições ideais, retomou a sua atividade e a situação foi-se restabelecendo aos poucos, com a inestimável colaboração e compreensão dos seus colaboradores”, limitou-se a adiantar a empresa.
No comunicado, a DOREV do PCP sublinhou que “as férias são conquista e direito dos trabalhadores e não são da empresa”.
“O direito a férias dos trabalhadores tem subjacentes os direitos ao descanso e ao lazer, o que, convenhamos, não se aplica à paragem da laboração”, acrescenta.
Com cerca de 400 trabalhadores, a fábrica de Évora da Kemet Electronics produz componentes eletrónicos para telemóveis e para a indústria automóvel.