Cerca de duas centenas de pessoas formaram um cordão humano junto ao Hospital do Espírito Santo de Évora
A iniciativa, que decorreu ontem ao final da tarde, foi organizada pelo PCP e visou pressionar o Governo a adjudicar a construção do novo Hospital Central do Alentejo na atual legislatura.
O cordão humano contou com o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, e autarcas comunistas do distrito.
A iniciativa iniciou-se em frente ao edifício do Patrocínio, seguindo, depois, em marcha lenta, até à entrada principal do HESE.
Aos jornalistas, João Oliveira, afirmou que o objetivo do protesto foi “pressionar o Governo para que os anúncios se concretizam e que as promessas são mesmo cumpridas”.
“Há um atraso inexplicável em todo o processo de preparação do concurso para a construção do hospital”, disse, assinalando que o grupo de trabalho criado pelo Governo “tinha a obrigação de, em setembro de 2018, ter procedido ao lançamento do concurso”.
Contudo, sublinhou o líder parlamentar do PCP, “já passaram mais de seis meses e não há lançamento do concurso”, o que “é profundamente preocupante”, e nem foi “dada uma explicação para o atraso”.
“Portanto, receamos que o Governo esteja a querer, de alguma forma, fugir à responsabilidade e não garantir a adjudicação da empreitada ainda durante esta legislatura”, referiu.
João Oliveira insistiu que “o processo só se torna irreversível” se a adjudicação das obras de construção do novo hospital ocorrer até outubro deste ano, quando se realizam as próximas eleições legislativas.
“Remeter esta decisão para o próximo governo, sem certezas da correlação de forças que existirá na Assembleia da República e de qual será a posição do próximo governo, seja ele qual for, naturalmente, deixa todo o processo na incerteza”, acrescentou.