Um conjunto de várias peças em ouro e prata desapareceu do santuário de Nossa Senhora d’Aires, no concelho de Viana de Alentejo.
A Arquidiocese de Évora já participou o caso à Polícia Judiciária (PJ).
Em comunicado, o arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, revelou ter tido conhecimento do caso em meados de 2020, através do relato oral dos párocos de Viana do Alentejo.
Segundo o prelado, o desaparecimento dos ex-votos ocorreu em agosto de 2009 e a apresentação da denúncia na PJ foi feita em junho de 2020.
“Muitas” das peças alegadamente furtadas estão “descritas no inventário oficial da arquidiocese”, assinalou.
O arcebispo de Évora disse que manifestou à PJ “total colaboração para o apuramento de toda a verdade”.
Dois resplendores, um em prata e outro em ouro, ambos com pedras preciosas, e vários objetos de ouro de uso pessoal são algumas das ofertas desaparecidas.
“Não temos estimativa do valor económico das peças”, realçou a arquidiocese, frisando que, “do ponto de vista religioso, os ex-votos são bens ofertados a Deus, que não se podem dispor sem autorização expressa do Santo Padre”.
Sobre o facto de terem passado 11 anos entre o desaparecimento dos ex-votos e a denúncia à PJ, a instituição sublinhou que “não tem uma explicação completa e aguarda também pelas conclusões que a investigação venha a fornecer”.
O santuário encontra-se em obras de requalificação e a empreitada está “na fase final”, mas a sua reabertura realiza-se “logo que as circunstâncias sanitárias o permitam”.