Cerca de duas dezenas de veículos, alguns com barcos de pesca atrelados, “invandiram” hoje Évora, num protesto contra a proibição da pesca do lagostim.
Os manifestantes juntaram perto do Mercado Abastecedor da Região Évora e, depois, passaram pela rotunda da Lagril e pelas portas do Raimundo, Alconchel, Lagoa e Avis.
Os veículos do protesto seguiram o percurso em marcha lenta e em buzinão, o que provocou temporariamente atrasos na circulação automóvel.
O protesto juntou pescadores profissionais de águas interiores do Baixo Alentejo, numa ação promovida pela associação Importante Oásis, com sede em Moura.
O presidente desta associação, João Cortez, diz que o lagostim-vermelho-do-Louisiana “é uma praga que se está a instalar” nas barragens, porque “fura paredões e entope as tubagens da água”.
Segundo o responsável, a proibição começou com a revogação da lei que permitia a total liberdade de pesca daquela espécie, em 2018.
O lagostim capturado nas barragens do Baixo Alentejo é vendido para Espanha.
O responsável diz que dependem desta atividade 400 ou 500 pessoas só no Baixo Alentejo e que algumas famílias já passam dificuldades.
Se não forem dadas respostas às reivindicações dos pescadores, o presidente da associação Importante Oásis revelou que um novo protesto já está marcado para o dia 15 de agosto na Autoestrada do Sul (A2).