O presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) defende que o Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030 deve estar integrado com outros planos que estão a ser desenvolvidos na região.
José Calixto quer que o PNI 2030 tenha em conta o Plano Regional de Ordenamento do Território, os planos estratégicos das comunidades intermunicipais e os grandes investimentos previstos para a região.
A posição foi manifestada ontem na sessão regional de auscultação e recolha de contributos do PNI 2030, que decorreu nas instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, em Évora.
“O que está à volta tem de contar para as opções e prioridades do plano”, referiu, dando como exemplo a construção do novo Hospital Central do Alentejo, em Évora: “Se há, tem de haver uma conexão de todo o território para não termos o Alto ou o Baixo Alentejo a pensarem que este é só um hospital do Alentejo Central”, disse.
O também autarca socialista de Reguengos de Monsaraz sublinhou que o novo hospital “não é matéria” do PNI 2030, mas referiu que a concretização do projeto “implica que se pense no Plano Nacional de Investimentos 2030 em mais umas dezenas de milhões para as ligações rodoviárias e, depois, criar uma conexão com todo o Alentejo”.
O aumento da capacidade de fornecimento de água do Alqueva à população e à agricultura, questões relacionadas com a qualidade da água da albufeira e o projeto de uma central dessalinizadora foram outros dos assuntos levantados por José Calixto, que também representou a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL).
À entrada para a sessão, o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins revelou aos jornalistas que o PNI 2030 vai incluir nas suas prioridades a nova linha ferroviária Sines/Caia e outros projetos que resultem da sua construção.
Nesta sessão, participaram várias associações empresariais, instituições de ensino superior e estruturas desconcentradas do Estado, entre outras entidades.