Presidente do Lusitano recusa acordo com SAD mas deixa porta aberta

Presidente do Lusitano recusa acordo com SAD mas deixa porta aberta

Quinta-feira, 25 Março 2021
Alentejo

As mais recentes negociações entre a direção do Lusitano Ginásio Clube e a nova administração da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do clube não chegaram a bom porto.

De costas voltadas há cerca de três anos, as duas partes sentiram-se à mesa, mas as propostas da SAD, presidida pela empresária nigeriana Dorothy Nneka Ede, não convenceram o presidente do Lusitano, Pedro Caldeira.

Contudo, em entrevista à DianaFM, o líder do clube verde-e-branco deixa a porta aberta para uma nova ronda negocial.

“Tivemos em negociações, mas essas propostas não podem ser divulgadas publicamente. Foi transmitido à outra parte que as negociações não estavam a caminhar e que o Lusitano terminaria a negociação”, revela.

Pedro Caldeira assinala que também foi dito à SAD que os responsáveis do clube estão “sempre dispostos a conversar”, se a sociedade tiver “uma proposta diferente”.

“Se aparecer uma nova proposta, retomaremos de imediato as negociações”, frisa, adiantando que “o tempo em que o Lusitano fazia acordos que eram maus para o clube e que não defendiam os interesses do clube acabou”.

Há cerca de dois anos, o Lusitano rescindiu o acordo que tinha com a SAD e esta sociedade aceitou essa decisão em novembro passado.

Agora, Pedro Caldeira admite que era melhor para o Lusitano que houvesse entendimento com a SAD, mas com boas condições para o clube.

“Não pode haver sentido único, que é o clube proporciona, o clube faz. Isto era o que existia no outro acordo e os sócios disseram que não queriam”, diz.

“Acredito que os sócios podem voltar a viabilizar a solução SAD, se os interesses do Lusitano estiverem acautelado”, realça o dirigente verde-e-branco.

Sobre a ação em tribunal da sociedade imobiliária Evourbe contra o Lusitano, por causa do Campo Estrela, na sequência do negócio relacionado com a Silveirinha, o presidente do clube admite qualquer desfecho.

“Quando há um processo judicial, há duas hipóteses: ou ganha uma parte ou ganha a outra, mas, se o Lusitano perder o Campo Estrela, acho que câmara municipal tem que entrar.

“Porque um clube com mais de 100 anos de história e com perto de 400 atletas, com o papel social que tem para desenvolver, acho que a câmara municipal, seja qual for o executivo que estiver em funções, terá de fazer parte da solução”, acrescenta.

Na entrevista, Pedro Caldeira não esclarece em que aspeto deve a Câmara de Évora intervir, caso o Lusitano tenha de deixar o Campo Estrela.

A entrevista com o presidente do Lusitano Ginásio Clube pode ser ouvida novamente no domingo às 13:30 ou aqui.

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