Está em curso na zona do Alqueva um projeto piloto para o combate de pragas por meios naturais, através da criação de colónias de morcegos.
O projeto é da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).
O morcego, como animal insetívoro, torna-se “um importante aliado” no combate biológico aos insetos, que, na maior parte das vezes, constituem pragas para as culturas instaladas, nomeadamente os mosquitos e a traça da azeitona, entre outros.
Estão a ser instaladas caixas especialmente concebidas para refúgio de morcegos em locais previamente selecionados, maioritariamente em árvores, criando condições para que uma colónia de morcegos a ocupem e, a partir daí, aproveitar a voracidade destes animais para um combate efetivo às pragas nas culturas.
Cada morcego da espécie que ocupa estas caixas pesa em média seis gramas e consome por noite metade do seu peso em insetos.
Uma só caixa pode albergar cerca de 200 morcegos, o que significa que cada caixa de morcegos será responsável pela dizimação de sete milhões e 200 mil mosquitos por mês ou três milhões e 600 mil traças da oliveira.
Ou seja, num mês, uma só caixa, pode representar uma captura de 18 quilos de insetos.
A medida visa apoiar o agricultor no combate às pragas, diminuindo ou mesmo anulando os tratamentos específicos que são ministrados às culturas, tornando-as mais sustentáveis ambientalmente.