Pouco mais de três dezenas de pessoas protestaram hoje em Évora para exigir a reposição dos serviços de saúde nas freguesias rurais, após o encerramento motivado pela pandemia da covid-19.
A iniciativa do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) do distrito de Évora decorreu, no Largo do Jardim do Paraíso, junto às instalações da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.
Todos com máscaras, os manifestantes, empunhando uma faixa e cartazes, aprovaram um manifesto com as exigências, o qual foi entregue, no final do protesto, que durou quase uma hora, na instalações da ARS do Alentejo.
“Falta de médicos: ARS Alentejo sabe e não resolve”, “Áreas rurais são discriminadas”, “Escoural sem médico” e “ARS do Alentejo não trata todos por igual” eram algumas das frases que se podiam ler nos cartazes.
“Os serviços de saúde nas freguesias rurais, um pouco por todo o distrito, ainda não têm médico de família e, em muitos dos casos, nem serviços administrativos”, alerta a porta-voz do MUSP do distrito de Évora, Lina Maltez.
Segundo a responsável, no início da pandemia da covid-19, em março, “reduziram os serviços, retiraram o médico das freguesias e os serviços administrativos, em muitos casos, passaram a ser assegurados pelas juntas de freguesia”.
Dada a atual fase de desconfinamento, “deviam repostos os serviços médicos e administrativos nas freguesias”, defendeu, considerando que “os utentes não podem ficar eternamente com consultas por telefone”.