PS: Seguro diz que memorando é para honrar, mas portugueses devem saber “limitações” à ação da oposição
Domingo, 06 Fevereiro 2011
Alentejo
O líder socialista defendeu ontem, em Évora, que os portugueses devem saber “as limitações” à ação do PS, enquanto partido da oposição que assinou o memorando com a troika, reconhecendo que não concorda com parte do memorando.
“Hoje tive oportunidade de dizer na Comissão Nacional, porque considero que é o sítio e o local apropriado, de dizer que não assinei esse memorando, que não concordo com uma parte desse memorando, mas naturalmente que o honro”, afirmou Seguro aos jornalistas.
Seguro disse querer uma “oposição honesta, uma oposição responsável, uma oposição séria”, e, para que isso aconteça, defendeu, “é preciso que os portugueses saibam quais são as limitações” da ação do PS enquanto partido da oposição.
O secretário-geral do PS deu como exemplo das suas discordâncias relativamente ao memorando a privatização da Rede Eléctrica Nacional (REN).
“Considero que todas as redes em Portugal devem ser propriedade pública”, justificou.
Seguro sublinhou ter vindo à Comissão Nacional, o órgão máximo do partido entre congressos, para “prestar contas” e, por isso, ser verdadeiro e “não iludir nenhum problema”.
“Tal como venho dizendo desde há seis meses, eu honro os compromissos que o Partido Socialista assumiu, honro-os todos por completo. Isso não quer dizer que eu concorde com eles todos”, afirmou, referindo que o “apoio de todo o Partido Socialista ficou claro nesta Comissão Nacional”.