Deputados do PSD questionaram o Governo sobre se a nova linha ferroviária Sines-Caia vai ter um terminal de mercadorias no distrito de Évora e se as medidas de minimização dos impactes ambientais estão a ser cumpridas.
A pergunta foi subscrita por vários deputados do PSD, de entre os quais a eleita pelo círculo eleitoral de Évora, Sónia Ramos, e dirigida ao ministra das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.
“Vamos literalmente ficar a ver o comboio passar, imprimindo no território todas as externalidades negativas, mas sem nenhum ganho ou favorecimento, porque não está previsto um terminal de mercadorias no distrito, para servir a atividade económica da região”, afirmam os sociais-democratas.
Por outro lado, sublinham, “existe nos agentes económicos e na região Alentejo a ambição de uma linha de passageiros de alta velocidade, acompanhando o mesmo trajeto, com paragem em Évora, capital do
Alentejo”.
Quanto às medidas de minimização dos impactes ambientais, o PSD lembra que “foi definido no Título Único Ambiental (TUA) um vasto conjunto de medidas e de ações de minimização de impactes que a Infraestruturas de Portugal (IP) terá de acautelar e cumprir”.
“A própria escolha do chamado Corredor 2, para o traçado da linha, criticados por todas as forças vivas da comunidade e cidadãos, não afastou suficientemente a travessia do perímetro urbano de Évora”, pelo que “teremos dezenas de comboios diariamente a esventrar núcleos habitacionais densamente povoados”, acrescentam.