A Infraestruturas de Portugal (IP) colocou de lado o traçado mais afastado da cidade junto a Évora da futura linha ferroviária Sines-Caia por questões técnicas.
A explicação foi dada ontem pelo presidente da empresa, António Laranjo, numa audição na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas.
Escolhida como a melhor opção num parecer da Câmara de Évora, no âmbito da consulta pública, a chamada solução quatro, junto ao traçado do IP2, não foi alvo de Avaliação de Impacte Ambiente.
“O objetivo que a IP e todo o corredor internacional estava a ser trabalhado defendia a utilização da plataforma onde estava sinalizada a estação de Évora e é nesse sentido que todas alternativas tinham que confluir, não era o caso da opção quatro”, disse.
Também o vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, esclareceu que o quarto traçado não foi sujeito a avaliação ambiental uma vez que inviabilizava a proximidade da futura “estação internacional de Évora-Norte”.
“O traçado do IP2 não é compatível” e, por isso, foi “abandonado e não foi levado a Avaliação de Impacte Ambiental, porque não cumpre os pressupostos estratégicos que queremos, que é, desde a origem, ter uma estação a uma distancia razoável de Évora, que possa servir bem a cidade”, referiu.
Carlos Fernandes sublinhou na audição que os três traçados que foram estudados são os que “cumpriam os objetivos e que minimizavam os impactos”.
A Câmara de Évora já foi informada pela empresa Infraestruturas de Portugal (IP) sobre a escolha do chamado “Corredor 2” para o traçado junto à cidade da futura linha ferroviária entre Sines e Caia.
O “Corredor 2”, que é aquele que apresenta uma distância intermédia em relação à cidade dos três que foram estudados, foi o escolhido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
O subtroço Évora-Évora Norte faz parte do Corredor Internacional Sul, com a conclusão da obra programada para o primeiro trimestre de 2022, num investimento de 509 milhões de euros, quase metade de fundos comunitários.