A campanha arqueológica deste ano no Complexo dos Perdigões, perto de Reguengos de Monsaraz, “trouxe à luz do dia” estatuetas em marfim datadas de há cerca de 4.500 anos.
As peças estarão relacionadas com rituais ligados à morte, segundo o arqueólogo António Valera.
“É primeira vez que este tipo de peças e com estas caraterísticas aparece em Portugal”, havendo objetos idênticos “já conhecidos noutros sítios do género no sul da Península Ibérica”, disse o responsável.
Os achados, adiantou, foram descobertos num local onde tinham sido “depositados restos de cremações humanas”, localizado, “no centro do complexo”.
“Já identificámos um número mínimo na ordem dos 80 indivíduos e, associado a essas deposições humanas, aparece um conjunto de materiais”, como estas “estatuetas em marfim, alguns ídolos em calcário e outros objetos associados a essas cremações”, indicou.